Taurus



Olá!

Quando a Lua visita a constelação do Touro,
primeiramente cumprimenta M45, as Pleiades
(que se situam no ombro taurino),
e, no dia seguinte, cumprimenta as Hyades
 e Aldebaran, estrela-alpha Tauri,
o Olho Iluminado;
finalmente, já no terceiro dia, 
conclui sua passagem nesta constelação
ao cumprimentar M1, a Nebulosa do Caranguejo,
bem próxima ao Chifre voltado para o sul!

Hoje a madrugada estará nos apresentando 
a Lua tornando-se Minguante
e visitando ....
(ao terceiro dia de passagem pela constelação do Touro)
...................
Uma estrela que certa dia explodiu, 
tornando-se uma chamada supernova,
e que, com o passar do tempo, tornou-se uma nuvem...;
nuvem penetrada por lentes ópticas 

comandadas por olhares penetrantes e estudiosos...; 

nuvem que foi revelando, descobrindo, não mais cobrindo,
seus segredos de vida (quase) infinita, 
vida que sempre encontra uma nova maneira de ser, 
vida que se transforma em nova vida,
através um novo coração, um pulsar, uma estrela de nêutrons, uma nova estrela!
Tempo e Espaço atuando através a eterna continuidade da Vida.

Nesta Postagem, Caro Leitor,
encontre alguma informação
sobre nossa visita
a M1 e M45,
os famosos Objetos Messier na constelação do Touro.

Com um abraço estrelado,
Janine Milward


http://www.stellarium.org/pt/

http://www.stellarium.org/pt/

http://www.stellarium.org/pt/


 http://www.stellarium.org/pt/

 http://www.stellarium.org/pt/



http://www.ianridpath.com/atlases/urania/urania17.jpg

  Mario Jaci Monteiro - Cartas Celestes, As Constelações - CARJ





TAURUS, O TOURO

Posicionamento:
Ascensão Reta 3h20m / 5h58m    Declinação +0o.1 / +30o.9


Mito:

Júpiter ansiava por encontrar-se com Europa.  
Certa vez, disfarçou-se em touro e fez parte de uma manada 
até encontrar-se com a moça, numa praia.  
Europa sentiu-se encorajada com a placidez do touro
 e montou-o 
e foi quando Júpiter correu para o mar 
e levou a moça até a ilha de Creta.  

De acordo com outro mito, 
o touro representa Io 
a quem Júpiter transformou em vaca, 
para despistar o ciúme e a vigilância de Juno, sua mulher.



http://www.theoi.com/Gallery/K1.8.html
K1.8 EUROPA & THE BULL
Museum Collection: Kunst-historiches Museum, Vienna, Austria 
Museum Catalogue No.: TBA Beazley Archive No.: N/A 
Ware: Apulian Red Figure Shape: Kylix 
Painter: -- Date: ca 330 - 320 BC 
Period: Late Classical



Algumas Informações Interessantes acerca esta Constelação:

A mais antiga de todas as constelações e talvez a primeira a ser delimitada pelos babilônios, que a utilizaram para marcar o início do ano, pois o equinócio da primavera, há 4000 AC, localizava-se neste asterismo. 

 Aliás, o estudo de todos os antigos zodíacos mostram o seu início no Touro: o ano começava com o aparecer matinal das Pleiades na primavera, e o inverno, com o seu aparecimento vespertino no outono.  

O aparecimento das Pleiades em novembro era saudado como a festa dos mortos, que comemoramos até hoje. 
Povos da antiguidade, como os caldeus e hebreus, davam ao mês de novembro o nome de Pleiades.

No mais antigo de todos os zodíacos egípcios - o de Denderah -, a constelação do Touro está associada a Osíris, que era o deus especial do Nilo.

O nascer helíaco das Hyades, principal aglomerado do Touro, era associado à estação da chuva - donde a origem do seu nome, que significava ‘chover’.


Fronteiras:
Taurus situa-se entre as constelações de Gemini, Auriga, Perseus, Áries, Cetus, Eridanus e Orion


6a. Edição do Atlas Celeste
de autoria de Ronaldo Rogério de Freitas Mourão,
Editora Vozes, Petrópolis, ano de 1986








M1 E M45,
OS OBJETOS MESSIER
NA DIREÇÃO DA CONSTELAÇÃO TAURUS:

Messier 45

Open Cluster M45 , type 'c', in Taurus

Pleiades


[m45.jpg]
Right Ascension03 : 47.0 (h:m)
Declination+24 : 07 (deg:m)
Distance0.44 (kly)
Visual Brightness1.6 (mag) 
Apparent Dimension110.0 (arc min)



Known pre-historically. Mentioned by Homer about 750 B.C., by biblical Amos about 750 B.C., and by Hesiod about 700 B.C.

The Pleiades, also known as Messier 45 (M45), are among those objects which are known since the earliest times. At least 6 member stars are visible to the naked eye, while under moderate conditions this number increases to 9, and under clear dark skies jumps up to more than a dozen (Vehrenberg, in his Atlas of Deep Sky Splendors, mentions that in 1579, well before the invention of the telescope, astronomer Moestlin has correctly drawn 11 Pleiades stars, while Kepler quotes observations of up to 14).
........................................
According to Kenneth Glyn Jones, the earliest known references to this cluster are mentionings by Homer in his Ilias (about 750 B.C.) and his Odyssey (about 720 B.C.), and by Hesiod, about 700 B.C.. According to Burnham, they were seen in connection to the agricultural seasons of that time. Also, and the Bible has three references to the Pleiades (the Hebrew "Kiymah"): Job 9:7-9, Job 38:31-33, and Amos 5:8; the prophet Amos is believed to have given his message in 750 B.C. or 749 B.C., while there is no consent on the dating of the book of Job: Some believe it was written about 1,000 B.C. (the regency of Kings David and Solomon in old Israel) or earlier (Moses, about 13th to 16th century B.C.), others give reasons that it may have been created as late as the 3rd to 5th century B.C.. The present author [hf] does not know if the cluster is mentioned in one of the earlier Assyrian or Sumerian sources.

The Pleiades also carry the name "Seven Sisters"; according to Greek mythology, seven daughters and their parents. Their Japanese name is "Subaru", which was taken to christen the car of same name. The Persian name is "Soraya", after which the former Iranian empress was named. Old European (e.g., English and German) names indicate they were once compared to a "Hen with Chicks". Other cultures tell more and other lore of this naked-eye star cluster. Ancient Greek astronomers Eudoxus of Knidos (c. 403-350 BC) and Aratos of Phainomena (c. 270 BC) listed them as an own constellation: The Clusterers. This is also referred to by Admiral Smyth in his Bedford Catalog.

Burnham points out that the name "Pleiades" may be derived from either the Greek word for "to sail", or the word "pleios" meaning "full" or "many". The present author prefers the view that the name may be derived from the mythological mother, Pleione, which is also the name of one of the brighter stars.
...................................

On March 4, 1769, Charles Messier included the Pleiades as No. 45 in his first list of nebulae and star clusters, published 1771
....................
The Pleiades nebulae are blue-colored, which indicates that they are reflection nebulae, reflecting the light of the bright stars situated near (or within) them.
..................................
The cluster is a great object in binoculars and rich-field telescopes, showing more than 100 stars in a field about 1 1/5 degrees in diameter. In telescopes, it is frequently even too large to be seen in one lowest magnification field of view.
..........................................
As the Pleiades are situated close to the ecliptic (4 degrees off), occultations of the cluster by the Moon occur quite frequently: .........................Also, planets come close to the Pleiades cluster (Venus, Mars, and Mercury even occasionally pass through) to give a conspicuous spectacle.

As mentioned in the description for the Orion Nebula M42, it is a bit unusual that Messier added the Pleiades (together with the Orion Nebula M42/M43 and the Praesepe cluster M44) to his catalog, and will perhaps stay subject to speculation.
............................................

LEIA MAIS, MUITO MAIS
em



http://www.stellarium.org/pt/

http://www.stellarium.org/pt/



  Mario Jaci Monteiro - Cartas Celestes, As Constelações (excerto) - CARJ




Pleiades - M45

Distância: cerca de 350 anos-luz.
Aglomerado de mais de 400 estrelas
 em uma área de um grau de diâmetro
 e facilmente visível a olho nu.

As Pleiades ou Atlântidas eram as sete filhas de Atlas e Pleione, 
seis das quais podem ser vistas a olho nu e uma invisível ou “perdida”. 

Elas eram as companheiras virgens de Diana 
e foram levadas para o céu 
para escaparem do Gigante Orion que as importunava. 


http://www.eso.org/public/archives/images/screen/potw1347a.jpg
http://www.eso.org/public/images/potw1347a/
Credit: ESO/B. Tafreshi (twanight.org)
Babak Tafreshi, one of the ESO Photo Ambassadors, has captured the antennas of the Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) in an enthralling image combining the beauty of the southern sky with the amazing dimensions of the biggest astronomical project in the world.
Thousands of stars are revealed to the naked eye in the clear skies over the Chajnantor Plateau. Its dry and transparent night sky is one of the reasons ALMA has been built here. Surprisingly bright in the upper left corner of the picture, there is a tightly packed bunch of young stars, the Pleiades Cluster, which was already known to most ancient civilisations. The constellation of Orion (The Hunter) is clearly visible over the closest of the antennas — the hunter’s belt is formed by the three blue stars just to the left of the red light. According to classic mythology, Orion was a hunter who chased the Pleiades, the beautiful daughters of Atlas. When seen through the thin atmosphere over the Atacama, it almost seems that this epic hunt is really happening.
http://www.eso.org/public/images/potw1347a/

(Minha humilde tradução literal 
para o texto explicativo acima acerca esta belíssima imagem
 realizada por Babak Tafreshi)
Milhares de estrelas nos são apresentadas a olho nu nos céus  límpidos do Plateau Chajnantor.  O céu noturno seco e transparente é uma das razões pelas quais ALMA foi ali construído.  Surpreendentemente iluminado no canto esquerdo ao alto da foto encontra-se um aglomerado de estrelas jovens bem compactadas, o Aglomerado das Pleiades (que também era conhecido nas antigas civilizações).  A constelação de Orion (O Caçador) é claramente visível e bem próximo às antenas - o Cinturão do Caçador sendo formado peles três estrelas azuladas bem à esquerda da luz vermelha.  De acordo com a mitologia clássica, Orion era um caçador que buscava alcançar as Pleiades, as belas filhas de Atlas.  Quando visto através a atmosfera delicada do Atacama, nos parece que esse épico de caçada está realmente acontecendo.




Atlas holding the sky. 7201: Atlante sostiene la volta celeste 2C AD. Collezione Farnese. National Archaeological Museum, Naples.  


De acordo com outro mito, 
as Pleiades foram para o céu por causa de suas tristezas
 com o destino de seu pai, Atlas, 
que carregava o mundo nas costas.



http://www.observatorio.ufmg.br/dicas10.htm


Os nomes das Irmãs que Choram e de seus pais  são:
Alcyone, Maia, Electra, Merope, Taygette, Celaeno e Sterope,
com a adição dos pais, Atlas e Pleione.

A Plêiade que se perdeu parece ser Merope, que casou-se com um mortal, Sisyplus, 
e por isso escondeu-se
 por ser a única filha que não foi casada com um deus.  

Outro mito diz que foi Electra quem desapareceu
 em função de sua dor pela destruição de Ilium, 
que foi fundada por seu filho Dardanos.

As Pleiades formam um aglomerado, 
com Alcyone como estrela principal, situado no ombro do Touro.



6a. Edição do Atlas Celeste
de autoria de Ronaldo Rogério de Freitas Mourão,
Editora Vozes, Petrópolis, ano de 1986





apod.nasa.gov
Astronomy Picture of the Day
M45: The Pleiades Star Cluster 
Credit & Copyright: Roberto Colombari
http://apod.nasa.gov/apod/ap130918.html
Explanation: Have you ever seen the Pleiades star cluster? Even if you have, you probably have never seen it as dusty as this. Perhaps the most famous star cluster on the sky, the bright stars of the Pleiades can be seen without binoculars from even the depths of a light-polluted city. With a long exposure from a dark location, though, the dust cloud surrounding the Pleiades star cluster becomes very evident. The above exposure took about 20 minutes and covers a sky area several times the size of the full moon. Also known as the Seven Sisters and M45the Pleiades lies about 400 light years away toward the constellation of the Bull (Taurus). A common legend with a modern twist is that one of the brighter stars faded since the cluster was named, leaving only six stars visible to the unaided eye. The actual number of Pleiades stars visible, however, may be more or less than seven, depending on the darkness of the surrounding sky and the clarity of the observer's eyesight.

IMPERDÍVEL! Belíssimas imagens!
acesse
APOD Retrospective: The Pleiades Star Cluster 




As Plêiades (Messier 45) são um grupo de estrelas na constelação do Touro. As Plêiades, também chamadas de aglomerado estelar (ou aglomerado abertoM45 são facilmente visíveis a olho nu nos dois hemisférios e consistem de várias estrelas brilhantes e quentes, de espectro predominantemente azul. As Plêiades tem váriossignificados em diferentes culturas e tradições.
O cluster é dominado por estrelas azuis quentes, que se formaram nos últimos 100 milhões de anos. Há uma nebulosa de reflexão formada por poeira em torno das estrelas mais brilhantes que acreditava-se a princípio ter sido formado pelos restos da formação do cluster (por isto receberam o nome alternativo de Nebulosa Maia, da estrelaMaia), mas hoje sabe-se que se trata de uma nuvem de poeira não relacionada ao aglomerado, no meio interestelar que as estrelas estão atravessando atualmente. Os astrônomos estimam que o cluster irá sobreviver por mais 250 milhões de anos, depois dos quais será dispersado devido a interações gravitacionais com a vizinhança galática.
.....................................................

Visualização

É um excelente objeto para a visualização, desde os mais simples binóculos até os maiores telescópios, mostrando mais de 100 estrelas em um diâmetro aparente de cerca de 72 minuto de arco. Contém inúmeras estrelas duplas ou múltiplas. A nebulosa de Mérope, em torno da estrela Mérope, pode ser vista com telescópios amadores de 4 polegadas de abertura em um céu noturno de excelente qualidade.

LEIA MAIS
em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pl%C3%AAiades







http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/4e/Pleiades_large.jpg
Origemhttp://hubblesite.org/newscenter/archive/releases/2004/20/image/a/
AutorNASA, ESA, AURA/Caltech, Palomar Observatory
The science team consists of: D. Soderblom and E. Nelan (STScI), F. Benedict and B. Arthur (U. Texas), and B. Jones (Lick Obs.)









http://www.ipac.caltech.edu/2mass/gallery/crabatlas.jpg
http://www.ipac.caltech.edu/2mass/gallery/messiercat.html






Messier 1

Supernova Remnant M1 (NGC 1952) in Taurus

Crab Nebula

[m1.jpg]
Right Ascension05 : 34.5 (h:m)
Declination+22 : 01 (deg:m)
Distance6.3 (kly)
Visual Brightness8.4 (mag) 
Apparent Dimension6x4 (arc min)



Discovered 1731 by British amateur astronomer John Bevis.

The Crab Nebula, Messier 1 (M1, NGC 1952), is the most famous and conspicuous known supernova remnant, the expanding cloud of gas created in the explosion of a star as supernova which was observed in the year 1054 AD. It shines as a nebula of magnitude 8.4 near the southern "horn" of Taurus, the Bull.

The supernova was noted on July 4, 1054 A.D. by Chinese astronomers as a new or "guest star," and was about four times brighter than Venus, or about mag -6. According to the records, it was visible in daylight for 23 days, and 653 days to the naked eye in the night sky. It was probably also recorded by Anasazi Indian artists (in present-day Arizona and New Mexico), as findings in Navaho Canyon and White Mesa (both Arizona) as well as in the Chaco Canyon National Park (New Mexico) indicate; there's a review of the research on the Chaco Canyon Anasazi art online. In addition, Ralph R. Robbins of the University of Texas has found Mimbres Indian art from New Mexico, possibly depicting the supernova.

The Supernova 1054 was also assigned the variable star designation CM Tauri. It is one of few historically observed supernovae in our Milky Way Galaxy.

The nebulous remnant was discovered by John Bevis in 1731, who added it to his sky atlas, Uranographia BritannicaCharles Messier independently found it on August 28, 1758, when he was looking for comet Halley on its first predicted return, and first thought it was a comet. Of course, he soon recognized that it had no apparent proper motion, and cataloged it on September 12, 1758. It was the discovery of this object which caused Charles Messier to begin with the compilation of his catalog. It was also the discovery of this object, which closely resembled a comet (1758 De la Nux, C/1758 K1) in his small refracting telescope, which brought him to the idea to search for comets with telescopes (see hisnote). Messier acknowledged the prior, original discovery by Bevis when he learned of it in a letter of June 10, 1771.

Although Messier's catalog was primarily compiled for preventing confusion of these objects with comets, M1 was again confused with comet Halley on the occasion of that comet's second predicted return in 1835.

This nebula was christened the "Crab Nebula" on the ground of a drawing made by Lord Rosse about 1844. Of the early observers, Messier, Bode and William Herschel correctly remarked that this nebula is not resolvable into stars, but William Herschel thought that it was a stellar system which should be resolvable by larger telescopes. John Herschel and Lord Rosse erroneously thought it is "barely resolvable" into stars. 
................................

LEIA MAIS
em






 http://www.stellarium.org/pt/



 http://www.stellarium.org/pt/





NEBULOSA DO CARANGUEJO, M1, NGC 1952!


NGC 1952 - M 1 - Taurus  -  Nebulosa Resto de Supernova - Caranguejo
Ascensão Reta  05h33m      Declinação +22o.05
Tipo Nebulosa Planetária SN        Dimensão 5,0        Magnitude 19
Magnitude da Estrela associada 16V           Distância em anos-luz 4,0


- 6a. Edição do Atlas Celeste
de autoria de Ronaldo Rogério de Freitas Mourão,
Editora Vozes, Petrópolis, ano de 1986




Por volta do ano 5500 antes de cristo, uma imensa estrela explodiu como Supernova... seis mil e quinhentos anos mais tarde, em 4 de julho de 1054, astrônomos japoneses e chineses puderam observar a aparição de uma 'estrela convidada" no céu na constelação que hoje denominamos de Touro. Essa nova estrela, tão brilhante quanto Vênus, pôde ser vista durante o dia por cerca de 23 dias e durante dois anos pôde ser observada e estudada no céu noturno.

Quando a supernova esmaeceu, passaram-se mais 700 anos até que uma pequena nuvem de gás verde luminoso surgiu no lugar onde ela aparecera anteriormente, um grau ao norte e oeste de Zeta Tauri, já em um dos chifres do Touro quase aos pés dos Gêmeos.

Por volta do ano 5500 antes de cristo, uma imensa estrela explodiu como Supernova... seis mil e quinhentos anos mais tarde, em 4 de julho de 1054, astrônomos japoneses e chineses puderam observar a aparição de uma 'estrela convidada" no céu na constelação que hoje denominamos de Touro. Essa nova estrela, tão brilhante quanto Vênus, pôde ser vista durante o dia por cerca de 23 dias e durante dois anos pôde ser observada e estudada no céu noturno.

Quando a supernova esmaeceu, passaram-se mais 700 anos até que uma pequena nuvem de gás verde luminoso surgiu no lugar aonde ela aparecera anteriormente, um grau ao norte e oeste de Zeta Tauri, já em um dos chifres do Touro quase aos pés dos Gêmeos.

Charles Messier (1730-1817) era um caçador de cometas e sempre vasculhava o céu em busca dos mesmos. Em 12 de setembro de 1758 (ou em 28 de Agosto, segundo outro documento - Nota da Tradutora), Messier apontou para esse ponto de luz difusa no céu e o descreveu a nebulosa como contendo nenhuma estrela, esbranquiçada em sua cor e alongada como a chama de uma vela. Mais tarde, Messier veio a saber que tal nebulosa já havia sido avistada por um astrônomo inglês, John Bevis, em 1731.

Messier continuou sua busca por cometas (naquele mesmo houve o retorno, já previsto, do Cometa Halley durante o mês de dezembro) - e passou então, a elaborar uma lista de objetos no céu que não eram cometas. Finalmente, uma versão final dessa lista foi publicada em 1784 contendo 109 ou 110 objetos, sendo que o primeiro objeto mencionado foi a Nebulosa que ora é visitada por Saturno. Essa lista é hoje conhecida como A Lista de Messier e seus objetos são denominados M1, M2, M3.... A Nebulosa do Caranguejo é M1.

No entanto, esse nome, Nebulosa do Caranguejo foi dado por Earl of Rosse, em 1840 que publicou um desenho da mesma com filamentos que sugeriam o formato de um caranguejo. Mais tarde, ele observou a nebulosa já com outra aparelhagem mais potente e rejeitou sua descrição anterior da mesma.... tarde demais: a Nebulosa do Caranguejo já era assim conhecida!


A Nebulosa do Caranguejo não é difícil de ser localizada com um telescópio mais simples e do quintal de sua casa - afinal foi assim que Messier a encontrou! Porém, em céus mais transparentes, longe das luzes da cidade, sua visão se torna bem mais enriquecida e se você tiver um telescópio possante, será fantástico poder observar um estrela que ainda permanece em seu centro, um pulsar que gira cerca de 30 vezes por segundo!

"A Nebulosa do Caranguejo" é uma re-leitura, síntese e tradução de Janine Milward de artigo extraído da Revista Astronomy em sua edição de novembro na seção "Southern Sky Show" - "The Starry Sky".



http://apod.nasa.gov/apod/ap111225.html
M1: The Crab Nebula from Hubble 
Image Credit: NASAESA, J. Hester, A. Loll (ASU); Acknowledgement: Davide De Martin (Skyfactory)



A Nebulosa do Caranguejo (também catalogado como Messier 1, NGC 1952, Taurus A) é um remanescente de supernova e uma nebulosa de vento de pulsar naconstelação do Touro. A nebulosa foi primeiramente observada por John Bevis em 1731 e corresponde a uma brilhante supernova (SN 1054) registrada por astrônomos chineses e árabes em 1054. A nebulosa é a mais intensa fonte de raios X e gama para energias acima de 30 KeV, com fluxo de energia luminosa acima de 1012 eV. Dista a cerca de 6 500 anos-luz (2 quiloparsecs) da Terra e tem um diâmetro de 11 anos-luz (3,4 parsecs), expandindo-se a uma taxa de aproximadamente 1 500 quilômetros por segundo.
No centro da nebulosa há o Pulsar do Caranguejo, uma estrela de nêutrons com 28 a 30 quilômetros de diâmetro,4 que emite pulsos periódicos de radiação que abrange quase todo o espectro eletromagnético, com uma frequência de 30,2 vezes por segundo, evidenciando uma rotação com período de apenas 33 milissegundos. Foi o primeiro objeto astronômico associado a uma explosão de supernova.
Age como uma fonte de radiação para o estudo de corpos celestes que por vezes a ocultam. Na década de 1950 e 1960, a coroa solar foi mapeada a partir de observações das ondas de rádio da nebulosa que passaram através dela. Em 2003, a espessura da atmosfera de Titã, satélite de Saturno, foi medida através do bloqueio de raios-X provenientes da nebulosa pela atmosfera do satélite.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nebulosa_do_Caranguejo



http://pt.wikipedia.org/wiki/Nebulosa_do_Caranguejo#mediaviewer/Ficheiro:Chandra-crab.jpg
Chandra-crabDomínio público
Optical: NASA/HST/ASU/J. Hester et al. X-Ray: NASA/CXC/ASU/J. Hester et al. - http://hubblesite.org/newscenter/newsdesk/archive/releases/2002/24/image/a
O Pulsar do Caranguejo. Esta imagem combina informações ópticas do Hubble (em vermelho) e imagens de raios-X do Observatório de raios-X Chandra (em azul).
A composite image of the Crab Nebula showing the X-ray (blue), and optical (red) images superimposed. The size of the X-ray image is smaller because the higher energy X-ray emitting electrons radiate away their energy more quickly than the lower energy optically emitting electrons as they move




Condições físicas


Os filamentos observados são restos da atmosfera da estrela progenitora e consistem basicamente de hélio e hidrogênio ionizado, juntamente com carbonooxigênio,nitrogênioferroneônio e enxofre. A temperatura dos gases nesses filamentos é de 11 000 a 18 000 kelvin e sua densidade é de 1 300 partículas por centímetro cúbico.17Considerando-se a luz visível, a Nebulosa do Caranguejo é composta de uma massa oval de filamentos, com diâmetro angular de aproximadamente 6x4 minutos de arco em torno de uma região central azul difusa. Como comparação, a lua cheia tem 30 minutos de arco de diâmetro. Em três dimensões, especula-se que a nebulosa tenha a forma de um esferoide prolato.3 Ao longo de sua maior dimensão visível, a nebulosa mede cerca de (13 ± 3) anos-luz.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Nebulosa_do_Caranguejo#mediaviewer/Ficheiro:Filaments_in_the_Crab_Nebula.jpg
Imagem do Telescópio Espacial Hubble de uma pequena região da Nebulosa do Caranguejo, mostrando sua intricada estrutura filamentar. Crédito:NASA/ESA.
Hubble Space Telescope image of filaments in the Crab Nebula (M1, NGC 1952).

Em 1953, o russo Iosif Shklovsky propôs que a região azul difusa fosse produzida por radiação síncrotron, que é a radiação emitida pelo movimento curvilíneo de elétrons em velocidades próximas à velocidade da luz.18 Três anos depois, a hipótese foi confirmada a partir das observações. Na década de 1960, verificou-se que a origem das trajetórias curvas dos elétrons era devida ao forte campo magnético produzido por uma estrela de nêutrons no centro da nebulosa.
A Nebulosa do Caranguejo é foco de muita atenção dos astrônomos, mas a sua distância à Terra permanece uma questão em aberto devido às grandes incertezas em cada método utilizado para calcular sua distância. Fotografias tomadas ao longo de vários anos revelam a lenta expansão da nebulosa,19 e comparando esta expansão angular observada no céu com a sua velocidade de expansão determinada através da análise espectroscópica, a distância da nebulosa em relação à Terra pode ser estimada com mais precisão. Em 1973, uma análise a partir dos diversos métodos utilizados para calcular a distância à nebulosa alcançou a conclusão de 6 300 anos-luz.3 As estimativas mais recentes dão conta que sua distância em relação à Terra é de (6,5 ± 1,8) x 10³ anos-luz, o que equivale a (2,0 ± 0,5) kpc, e que está se expandindo a uma taxa de aproximadamente 1 500 quilômetros por segundo.20
Seguindo cronologicamente de forma retrógrada e uniforme sua expansão, alcança-se uma data várias décadas após 1054, o que implica que a sua velocidade de expansão tem acelerado desde a explosão da supernova.21 Acredita-se que esta aceleração seja causada pela energia do pulsar, que de alguma forma interfere com o campo magnético da nebulosa, que se expande e força seus filamentos em direção ao espaço vazio.22
.........................................................................
Acredita-se que o pulsar do Caranguejo tenha cerca de 28 a 30 km de diâmetro.30 Emite pulsos de radiação a cada 33 milissegundos,31 e são emitidos em comprimentos de onda que abrangem praticamente todo o espectro eletromagnético, desde as ondas de rádio aos raios gama. Como todos os pulsares, o seu período de rotação está diminuindo gradualmente. Ocasionalmente, o seu período de rotação passa mudanças bruscas, conhecidas como "falhas", que se acredita serem causadas por um realinhamento repentino da massa da estrela de nêutrons, mudando seu momento de inércia e sua velocidade angular para que seu momento angular seja conservado. A energia liberada quando o pulsar desacelera é enorme e causa uma maior emissão da radiação síncrotron, que tem uma luminosidade total aproximadamente 75 000 vezes maior que a do Sol.32

LEIA MAIS
em


SAIBA MUITO, MUITO MAIS
SOBRE A NEBULOSA DO CARANGUEJO
acessando
PÁGINA DA CHANDRA SOBRE A NEBULOSA


Hubble Astronomers Unveil "Crab Nebula - The Movie"














http://apod.nasa.gov/apod/image/0112/m1animation_block_bw.gif
The Incredible Expanding Crab 
Credit: Courtesy Adam Block (KPNO Visitor Program), NOAONSF
Explanation: The Crab Nebula is cataloged as M1, the first on Charles Messier's famous list of things which are not comets. In fact, the Crab is now known to be a supernova remnant, an expanding cloud of debris from the explosion of a massive star. The violent birth of the Crab was witnessed by astronomers in the year 1054. Roughly 10 light-years across today, the nebula is still expanding at a rate of over 1,000 kilometers per second. Flipping between two images made nearly 30 years apart, this animation clearly demonstrates the expansion. The smaller Crab was recorded as a photographic image made in 1973 using the Kitt Peak National Observatory 4-meter telescope in 1973. The expanded Crab was made this year with the Kitt Peak Visitor Center's 0.4-meter telescope and digital camera. Background stars were used to register the two images.




Supernova é o nome dado aos corpos celestes surgidos após as explosões de estrelas (estimativa) com mais de 10 massas solares, que produzem objetos extremamente brilhantes, os quais declinam até se tornarem invisíveis, passadas algumas semanas ou meses. Em apenas alguns dias o seu brilho pode intensificar-se em 1 bilhão de vezes a partir de seu estado original, tornando a estrela tão brilhante quanto uma galáxia, mas, com o passar do tempo, sua temperatura e brilho diminuem até chegarem a um grau inferior aos primeiros.
A explosão de uma supernova pode expulsar para o espaço até 90% da matéria de uma estrela. O núcleo remanescente tem massa superior a 1,5 massas solares, a Pressão de Degenerescência dos elétrons não é mais suficiente para manter o núcleo estável; então os elétrons colapsam com o núcleo, chocando-se com os prótons, originandonêutrons: o resultado é uma estrela composta de nêutrons, com aproximadamente 15 km de diametro e extremamente densa, conhecida como estrela de nêutrons ou pulsar. Mas, quando a massa desse núcleo ultrapassa 3 massas solares, nem mesmo a Pressão de Degenerescência dos nêutrons consegue manter o núcleo; então a estrela continua a se colapsar, dando origem a uma singularidade no espaço-tempo, conhecida como buraco negro, cuja velocidade de escape é maior do que a velocidade da luz.
Atualmente, são utilizadas como velas-padrão para estudos da expansão do universo, técnica similar à utilizada por Edwin Hubble com cefeidas, mas, com eficiência muito maior, pois o brilho das Supernovas é bem maior.

LEIA MAIS em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Supernova




http://en.wikipedia.org/wiki/Crab_Nebula#mediaviewer/File:Crab_Nebula_NGC_1952_(composite_from_Chandra,_Hubble_and_Spitzer).jpg
Crab Nebula NGC 1952 (composite from Chandra, Hubble and Spitzer)
X-Ray: NASA/CXC/J.Hester (ASU); Optical: NASA/ESA/J.Hester & A.Loll (ASU); Infrared: NASA/JPL-Caltech/R.Gehrz (Univ. Minn.) - http://www.spitzer.caltech.edu/images/2857-sig09-009-NASA-s-Great-Observatories-View-of-the-Crab-Nebula (direct link)



...............................................




EM 04 de janeiro de 2003, SATURNO VISITOU 
M1, A NEBULOSA DO CARANGUEJO!

Eu me senti tão emocionada com aquele encontro que escrevi um conto surreal .

O Tempo e o Sonho da Luz do Passado


(Uma conversa entre Saturno e a Nebulosa do Caranguejo, 
ouvida da Terra
 - um conto surreal...)




Saturno - Nasa

http://apod.nasa.gov/apod/ap111225.html
M1: The Crab Nebula from Hubble 
Image Credit: NASAESA, J. Hester, A. Loll (ASU); Acknowledgement: Davide De Martin (Skyfactory)


2003 January 10 
http://apod.nasa.gov/apod/ap030110.html
http://apod.nasa.gov/apod/image/0301/saturnm1_wodaski_big.jpg

The Crab that Played with the Planet 
Credit & Copyright: Ron WodaskiNewastro Remote Telescope at New Mexico Skies
Explanation: Wandering through the constellation Taurus, Saturn made its closest approach to planet Earth last month, tilting its lovely rings toward appreciative skygazers while rising high in midnight skies. On January 4th and 5th, Saturn also crossed in front of the high and far-off Crab Nebula (M1), a cosmic cloud of debris from a stellar explosion and first on the list of astronomer Charles Messier's celestial sights. But Saturn and the Crab made poor playmates, as light from the bright planet overwhelmed the the diffuse nebula, all but hiding the Crab during the transit. Taken on January 2nd, a few days before their closest encounter, this composite digital image illustrates the problem. The subtle nebula is just visible at the right, while on the left, light from a drastically over-exposed Saturn overflows its pixels. Composited into the image is a correctly exposed picture of ringed Saturn with the Saturnian moons labeled. The well-exposed Saturn image was also taken on January 2nd, but captured with an exposure lasting only a fraction of a second, in contrast with the tens of seconds of exposure time required to reveal the Crab.

Programa Stellarium trabalhado no Programa Corel - para a data de 04 de janeiro de 2003



NEBULOSA DO CARANGUEJO, M1, NGC 1952!
...........................  Uma estrela que certa dia explodiu, 
tornando-se uma chamada supernova,
e que, com o passar do tempo, tornou-se uma nuvem...;
nuvem penetrada por lentes ópticas 
comandadas por olhares penetrantes e estudiosos...; 
nuvem que foi revelando, descobrindo, não mais cobrindo,
seus segredos de vida (quase) infinita, 
vida que sempre encontra uma nova maneira de ser, 
vida que se transforma em nova vida,
através um novo coração, um pulsar, uma estrela de nêutrons, uma nova estrela!
Tempo e Espaço atuando através a eterna continuidade da Vida.

.........................................


O Tempo e o Sonho da Luz do Passado


(Uma conversa entre Saturno e a Nebulosa do Caranguejo,
 ouvida da Terra
 - um conto surreal...)

Janine Milward

Saturno andava pelos lados do Touro, cumprindo sua jornada em torno de sua estrela, nosso Sol. Do ponto de vista da Terra, Saturno se encontrava em movimento retrógrado, ainda cumprimentando uma vez mais e se despedindo das estrelas que compõem os chifres daquela constelação pertencente ao Zodíaco, a Roda dos Animais.

Certa noite, de 4 para 5 de janeiro de 2003, Saturno ia passando através da Nebulosa do Caranguejo (do ponto de vista da Terra) e pôde-se escutar essa conversa:

NEBULOSA: - Tempo! Ó Tempo! Ó Ceifador de vidas!

Saturno olhou de um lado para o outro e apenas podia ver uma nuvem difusa, com o centro azul esmeralda e as bordas amareladas, alaranjadas e avermelhadas ainda com riscos desencontrados e firulados esbranquiçados, desenhando sua visão... que bela visão!

SATURNO: - Sim, quem me chama?

NEBULOSA: - Sou eu, M1, a Nebulosa do Caranguejo como sou conhecida na Terra, sua irmã de seu sistema solar.

SATURNO: - Olá, Nebulosa, eu já havia passado bem perto de você quando estava em meu movimento direto, já ansioso para deixar o Touro e me deixar enroscar pelos pés dos Gêmeos... mas a Terra me deu mais um movimento retrógrado... e eis-me aqui, voltando uns poucos graus Touro adentro até retomar meu movimento direto no final do mês de fevereiro... Mas, que bom revê-la, Nebulosa, assim tão difusa e maravilhante como um sonho de uma noite de verão... ou de inverno.... pois que não é verdade que você se situa bem próximo do ponto do Solstício de Junho, que traz o verão para o hemisfério norte e o inverno para o hemisfério sul?

NEBULOSA: - É bem verdade. Obviamente, esse será sempre seu ponto de vista de acordo com o lugar do espaço que você e seu sistema solar ocupam, meu caro Khronos. Nada no universo possui um lugar próprio, você bem sabe disso. Esse lugar aparentemente próprio será sempre designado por aquele que o observa e do ponto de vista de quem observa, naturalmente! Assim, para os Terrestres meu posicionamento é Ascensão Reta 05h 34m 30s e Declinação. +21 graus e 01 min.

SATURNO: - O Tempo contado a partir do ponto de vista da Terra é apenas uma objetividade dentro da total subjetividade do espaço e do tempo do universo - nisso você tem razão. Assim, para nós nesse sistema solar, o resto do universo parece quase não se mover.... por isso os antigos denominavam que tudo aquilo no universo para além de mim, Saturno, O Deus do Tempo, eram "estrelas fixas". Hoje, sabemos que não apenas nada é fixo no universo, como tudo se movimenta sempre, além da infinita expansão a qual, aparentemente, estamos destinados, nos separando cada vez mais uns dos outros, cada vez mais.

NEBULOSA: - Diga-me, Deus do Tempo, por que seu também sou chamada de M1?

SATURNO: - Charles Messier foi um caçador de cometas e de tal maneira estava interessado em descobrir novos cometas nos céus que fez uma lista dos objetos celestes que não eram cometas - assim ele poderia continuar em suas buscas já deixando de lado aqueles objetos eliminados! Então, ironicamente, foi exatamente esta lista que o colocou na história da astronomia - apesar de ele ter sido o descobridor ou co-descobridor de cerca de 13 cometas ao longo de sua vida.

O ano de 1758 foi um ano de expectativa de retorno do Cometa Halley, que na verdade, foi primeiramente encontrado por Palitzsch em 25 de dezembro e mais tarde, no ano seguinte, visto novamente por Messier em 21 de janeiro. Porém, ainda em 28 de Agosto de 1758, enquanto esquadrinhava os céus procurando pelo cometa, Messier encontrou uma nebulosa que acabou imortalizando seu nome e assim ele a descreveu em seus alfarrábios: ".... 28 de Agosto... ela se encontra acima do chifre mais ao sul do Taurus, sem conter qualquer estrela, tendo um névoa esbranquiçada, alongada e contornada como a luz de uma vela...." Era M1, a Nebulosa do Caranguejo, você!

Houve um tempo num passado não muito distante em que aquele pedaço do céu deu lugar a uma "estrela visitante" que surgiu com sua imensa luz mesmo durante o tempo da luz do Sol ao longo de 23 dias, maravilhando os povos que a observaram atentamente. Isso aconteceu em 04 de julho de 1054.... e por ainda mais dois anos, puderam os maravilhados Terrestres ainda observarem sua luz inebriante no céu noturno.... até que finalmente, seu brilho foi esmaecendo, esmaecendo, esmaecendo, até que desapareceu por completo, tão subitamente assim como havia chegado! E foi somente recentemente (com a ajuda de bons telescópios) que os Terrestres puderam voltar a ver aquela estrela - ou a memória do que ela havia sido no passado - através da nuvem de gases firulantes e coloridos que foram soprados, largados para trás, como um lenço de seda solto ao vento da escuridão da noite do universo sem fim....

............... A verdade é que a explosão dessa estrela aconteceu cerca de 5500 anos antes de cristo...

NEBULOSA: - Os Terrestres amantes do céu estão com seus telescópios voltados para nós, não é mesmo? Todos querem se deliciar com a bela visão que formamos num mesmo enquadramento de imagem mostrando você, Tempo, passeando contra o pano de fundo de meus restos de Luz do passado, de meu tapête bordado de sonho e de lembranças da bela e imensa estrela que já fui...

SATURNO: - Não chore, meu sonho, minha ilusão, restos da estrela do passado, luz que se extinguiu mas que aqueceu o espaço em torno e seus planetas e sua vida durante tanto, tanto tempo! Não chore, não chore, você ainda é tão bela, tão cantada, tão encantada, tão sublime! Não é sublime morrer e ainda se deixar viver como um lenço de seda solto ao vento na noite escura, buscada por telescópios que escondem olhares ansiosos e perscrutadores...

NEBULOSA: - Mas... eu já fui um sol, um imenso sol, bem maior do que o seu Sol, Tempo.... e no entanto, um dia, comecei a inchar, inchar, inchar, até que finalmente Buummm! explodi! E quando explodi pude ser vista e admirada por tantos outros sóis que de mim compadeceram e por tantos outros planetas e seres que por mim se encantaram! Mas a verdade é que eu deixei de ser um sol para me tornar apenas poeira de estrela e uma nuvem difusa e silenciosa, esvoaçante e inefável como um sonho quase intraduzível....

SATURNO: - Mas você, meu sonho, você não morreu! Você não morreu! Você apenas se transmutou, você viveu a vida que a natureza lhe deu e viveu essa vida desde o seu princípio até o seu final.... e seu final foi apenas um "turning point" ou ponto de mutação, um ponto de transição.... porque nada no universo ou pluriverso realmente morre, apenas transmuta, muda, transforma, re-inicia sua vida através de uma outra forma, outra qualidade, outro modo de ser.

NEBULOSA: - Mas eu era um sol! Eu aquecia planetas e seres, eu doava vida, eu era a vida.... e hoje, o que sou eu? Sou apenas sonho ou lembrança etérea do meu passado de glória!

SATURNO: - Hoje você é uma Nebulosa em uma das suas formas... mas pense bem, o que terá acontecido com todo aquele material e gases ejetados no espaço intergalático depois de sua estonteante explosão?

nebulosa: - Bem, eu penso que tudo se dispersou céu a fóra, noite adentro ou a fóra.... tudo o que era vida em mim apenas se tornou lixo, solto, vagando por aí....

SATURNO: - Quando você explodiu, numa galáxia muito distante aonde você morava, minha galáxia, meu país, a Via Láctea, já estava bem formada bem como minha casa, minha família, meu sistema solar. Eu mesmo pude observar você em sua explosão, em seu esmaecimento e quando você deixou sua casca de halo de sonhos sair de seu sol anterior e tornar-se uma nuvem vagante noite escura adentro... Mas também posso saber que seus outros restos têm formado, ao longo do Tempo - eu, Saturno, sendo o Tempo, bem sei disso - outros sóis, outros planetas, outros seres.... Você não pensa nisso? Você percebe que já hoje e certamente no futuro você estará vivendo, partes de você estarão vivendo em outras estrelas, outros planetas, outros seres, outras vidas?

NEBULOSA: - É verdade! O Tempo existe não apenas para mim hoje, que sou uma Nebulosa dos sonhos da Luz de outrora, mas também existe para todos os outros restos de mim mesma que vêm vagando universo adentro e afóra, agregando-se e fusionando-se também a outros restos de outras estrelas de outrora que também explodiram!

SATURNO: - Assim, você, Nebulosa dos meus sonhos, você é passado, presente e futuro!

Passado porque ainda outras estrelas, planetas e seres do universo mais jovens e distantes que nós ainda não conheceram a luz advinda de sua explosão.... portanto, para eles, você ainda é uma estrela! Você ainda existe enquanto estrela!

Presente, porque para algumas estrelas, planetas e seres você está explodindo nesse exato momento: Buum! - assim, você nesse momento não é apenas uma estrela como também é uma estupenda e estonteante e maravilhante Supernova!

Futuro, porque ainda outras estrelas, planetas e seres em outros cantos ainda mais longínquos e jovens do universo não apenas sequer sonham ou têm a expectativa de ver sua luz nem como estrela nem como supernova e talvez nem como nebulosa mas que certamente serão confeccionados a partir de seus restos deixados vagando pelo universo.... Dessa forma, cara Nebulosa, você nunca deixará de ser uma estrela! Sua Luz será sempre Luz, não importa o tempo - mesmo porque o tempo é eterno e essa eternidade dará sempre berço à sua possibilidade de Luz acontecer!

NEBULOSA: - Um dia também você não mais me verá, Tempo, nem mesmo como Nebulosa dos seus sonhos... Chegará um dia em que eu desvanecei por completo e em meu lugar apenas restará a escuridão dos céus.

SATURNO: - Minha doce Nebulosa, mesmo que você hoje já seja um tanto apagada a olho nú, brilhando numa magnitude de oitava classe, quero revelar a você um segredo... você sabia que em seu centro, lá no lugar do seu coração, existe uma pulsar que gira 30 vezes por segundo, brilhando numa magnitude de décima sexta classe? Você tem coração! Seu coração bate aceleradamente e pode ser admirado somente por Terrestres munidos por telescópios poderosos!

NEBULOSA: - Verdade? Sim, eu tenho um coração, assim como tudo no universo possui um coração, objetivo ou subjetivo.

SATURNO: - Sim. E seu coração, seu pulsar, é uma estrela de nêutrons, portanto, você ainda é uma estrela!

NEBULOSA: - O que é uma estrela de nêutrons?

SATURNO: - Bem, quando ultrapassada a fase de gigante vermelha de sua estrela enorme e maciça original, a camada externa foi perdida, dando origem a você, cara Nebulosa do Caranguejo. No entanto, as porções internas dessa estrela em sua explosão, sofreu um colapso tão violento, com sua massa atraída para o interior com tal força, que a massa da porção aniquilada, se compactou ainda para além do estágio de anã branca.... Assim, os elétrons foram forçados a se combinar com os prótons nos núcleos livres, formando nêutrons. Criou-se , então, uma estrela totalmente de nêutrons, sem carga elétrica, os quais se aproximam até se tocar.

NEBULOSA: - Mas por que então as estrelas de nêutrons também são chamadas de pulsares?

SATURNO: - As estrelas de nêutrons são pequenas o suficiente para dar um giro numa fração de segundo, sem se desintegrar no processo, graças à intensa gravidade em sua superfície. Elas apresentam um campo magnético fortíssimo, cujos pólos magnéticos não se localizam necessariamente nos pólos de rotação. Os elétrons, extremamente aglutinados pela atração gravitacional, conseguem escapar apenas junto aos pólos magnéticos e ao serem expulsos, perdem energia na forma de micro ondas. Quando a estrela de nêutrons lança as microondas em nossa direção, captamos uma ou duas explosões a cada rotação!

NEBULOSA: - Então... você quer dizer que meu coração é como um Farol no mar escuro dos céu profundo!

SATURNO: - E você mesma, Nebulosa, é como a chama de uma vela.... assim como Charles Messier bem descreveu você...

NEBULOSA: - No entanto, também meu coração vai parando, parando, vagarosamente, e desaparecendo por completo....

SATURNO: - Isso também é uma verdade.... seu coração, seu pulsar, sua estrela de nêutrons, cara Nebulosa, vai perdendo sua energia rotatória à medida que emite microondas, aumentando o período de rotação bem vagarosamente, Na verdade, seu período fica 36,48 bilionésimos de segundo mais longo a cada dia...... Mas, veja por outro lado, é bem possível que este processo ainda dure por bilhões de anos a frente.... tempo suficiente para que você mesma, Nebulosa dos Sonhos, vá se dissipando, apagando - por não possuir mais tanta luz irradiada por sua estrela coronária - anuviando, esfumaçando, desaparecendo.... assim como a imagem do sonho que sai do consciente e retorna ao inconsciente, deixando apenas uma vaga lembrança, doce lembrança.
....................................

.............. Nebulosa e Saturno, o Sonho de hoje e a Luz do Passado juntamente com O Tempo, explodiram em um radioso sorriso de alegria! O Tempo em sua viagem através do Sonho Desmanchado mal havia percebido que o tempo havia passado e os telescópios Terrestres já não mais apontavam para ambos.

Tudo não passou de um evento astronômico que ficou no passado.....

COM UM ABRAÇO ESTRELADO,
Janine Milward

................................

Bibliografia:
111 questões sobre a Terra e o Espaço - Isaac Asimov - Editora Best Seller
Revista Astronomy Now, edição de Março de 1998 - seção Focus - Tema do mês: The Messier Objects: The Messier Marathon por Owen Brazell e The Messier Catalogue - páginas 41 a 52 - Tonbridge, Kent, England
.......................................
"A Nebulosa do Caranguejo" é uma re-leitura, síntese e tradução de Janine de artigo extraído da Revista Astronomy em sua edição de novembro na seção "Southern Sky Show" - "The Starry Sky".

Sobre A Nebulosa do Caranguejo
Nos dias 4 e 5 de janeiro de 2003, vimos Saturno, o Deus do Tempo, passeando através de M1,a Nebulosa do Caranguejo.

Por volta do ano 5500 antes de cristo, uma imensa estrela explodiu como Supernova... seis mil e quinhentos anos mais tarde, em 4 de julho de 1054, astrônomos japoneses e chineses puderam observar a aparição de uma 'estrela convidada" no céu na constelação que hoje denominamos de Touro. Essa nova estrela, tão brilhante quanto Vênus, pôde ser vista durante o dia por cerca de 23 dias e durante dois anos pôde ser observada e estudada no céu noturno.

Quando a supernova esmaeceu, passaram-se mais 700 anos até que uma pequena nuvem de gás verde luminoso surgiu no lugar aonde ela aparecera anteriormente, um grau ao norte e oeste de Zeta Tauri, já em um dos chifres do Touro quase aos pés dos Gêmeos.

Charles Messier (1730-1817) era um caçador de cometas e sempre vasculhava o céu em busca dos mesmos. Em 12 de setembro de 1758 (ou em 28 de Agosto, segundo outro documento - Nota da Tradutora), Messier apontou para esse ponto de luz difusa no céu e o descreveu a nebulosa como contendo nenhuma estrela, esbranquiçada em sua cor e alongada como a chama de uma vela. Mais tarde, Messier veio a saber que tal nebulosa já havia sido avistada por um astrônomo inglês, John Bevis, em 1731.

Messier continuou sua busca por cometas (naquele mesmo houve o retorno, já previsto, do Cometa Halley durante o mês de dezembro) - e passou então, a elaborar uma lista de objetos no céu que não eram cometas. Finalmente, uma versão final dessa lista foi publicada em 1784 contendo 109 ou 110 objetos, sendo que o primeiro objeto mencionado foi a Nebulosa que ora é visitada por Saturno. Essa lista é hoje conhecida como A Lista de Messier e seus objetos são denominados M1, M2, M3.... A Nebulosa do Caranguejo é M1.

No entanto, esse nome, Nebulosa do Caranguejo foi dado por Earl of Rosse, em 1840 que publicou um desenho da mesma com filamentos que sugeriam o formato de um caranguejo. Mais tarde, ele observou a nebulosa já com outra aparelhagem mais potente e rejeitou sua descrição anterior da mesma.... tarde demais: a Nebulosa do Caranguejo já era assim conhecida!

A Nebulosa do Caranguejo não é difícil de ser localizada com um telescópio mais simples e do quintal de sua casa - afinal foi assim que Messier a encontrou! Porém, em céus mais transparentes, longe das luzes da cidade, sua visão se torna bem mais enriquecida e se você tiver um telescópio possante, será fantástico poder observar um estrela que ainda permanece em seu centro, um pulsar que gira cerca de 30 vezes por segundo!

Com um abraço estrelado,
Janine Milward
Sítio das Estrelas - parada de um caminho a Caminho do Céu


http://apod.nasa.gov/apod/ap020920.html

The Crab Nebula Pulsar Shrugs 

Credit: J. Hester (ASU), CXCHSTNRAONSFNASA






O CATÁLOGO MESSIER


Catálogo Messier é um catálogo astronômico composto por 110 objetos do céu profundo, compilado pelo astrônomo francês Charles Messier entre 1764 e 1781.1Originalmente com o nome "Catalogue des Nébuleuses et des amas d'Étoiles, que l'on découvre parmi les Étoiles fixes sur l'horizon de Paris" (Catálogo de Nebulosas e Aglomerados Estelares Observados entre as Estrelas Fixas sobre o Horizonte de Paris), foi construído com objetivo de identificar objetos do céu profundo, comonebulosasaglomerados estelares e galáxias que poderiam ser confundidos com cometas, objetos de brilho fraco e difusos no céu noturno.2
Antes de Messier, vários outros astrônomos elaboraram catálogos semelhantes, como a lista de seis objetos de Edmond Halley,3 o catálogo de William Derham, baseado no catálogo de estrelas de Johannes Hevelius, o Prodomus Astronomiae, o Catálogo das Nebulosas do Sul de Nicolas Louis de Lacaille, de 1755, bem como as listas deGiovanni Domenico Maraldi e Guillaume Le Gentil e Jean-Philippe de Chéseaux. Os diferentes objetos do catálogo são designados pela letra M seguida de um número, que corresponde à ordem cronológica das descobertas ou inclusões: assim, M1 corresponde ao primeiro objeto catalogado, enquanto que a galáxia de Andrômeda, conhecida desde a Idade Média, é apenas o objeto M31. Os objetos do catálogo, conhecidos como "Objetos Messier", também constam em outros catálogos mais recentes, como o New General Catalogue (NGC).
.....................................................

História

nebulosa do Caranguejo (M1), a primeira entrada do Catálogo Messier
Messier foi motivado a elaborar o catálogo enquanto estava à procura do cometa Halley em 1758.4 5 Segundo os cálculos orbitais de Joseph-Nicolas Delisle, chefe doobservatório astronômico onde ele trabalhava, Halley reapareceria na constelação do Touro.6 Enquanto observava o céu noturno à procura de Halley, descobriu independentemente outro cometa7 e um objeto de aparência semelhante, mas que não se movia em relação às estrelas vizinhas, sendo o primeiro objeto do céu profundodescoberto pelo astrônomo francês. Esse objeto é conhecido atualmente como a Nebulosa do Caranguejo, o remanescente da supernova de 1054.8
Com o objetivo de não mais confundir esses objetos difusos e fixos com cometas, Messier decidiu procurar outros objetos que poderiam enganar a si próprio e a outros astrônomos e decidiu incluí-los em um catálogo que descrevesse suas posições exatas e características.9 Segundo o próprio astrônomo:
"O que me levou a construir o catálogo foi a descoberta da nebulosa I acima do chifre sul de Touro em 12 de setembro de 1758, enquanto observava o cometa daquele ano. Esta nebulosa tinha tamanha semelhança com um cometa em sua forma e brilho e me esforcei para encontrar os outros, de modo que os astrônomos não mais confundissem estas mesmas nebulosas com cometas."9

SAIBA MUITO MAIS, acessando
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cat%C3%A1logo_Messier








Os desenhos formados pelas estrelas
 - AS CONSTELAÇÕES - 
são como janelas que se abrem para a infinitude do universo 
e que possibilitam nossa mente a ir percebendo que existe mais, bem mais,
 entre o céu e a terra..., 
bem como percebendo que o caos, 
vagarosamente,
vai se tornando Cosmos
 e este por nossa mente sendo conscientizado.

Quer dizer, 
nossa mente é tão infinita quanto infinito é o Cosmos.

Com um abraço estrelado,
Janine Milward




Visitando os Sites abaixo,
 você conseguirá informações atualizadas e preciosas
sobre os Objetos Celestiais de seu interesse:

NASA/IPAC EXTRAGALACTIC DATABASE –
NASA/IPAC Extragalactic Database (NED) -  operated by the Jet Propulsion Laboratory, California Institute of Technology, under contract with the National Aeronautics and Space Administration.


THE NIGHT SKY ATLAS
The night sky atlas creates images of any part of the night sky, allowing easy location of any object. Detailed chart images show all stars visible to the naked eye, the constellations, Messier objects, and names of the brightest stars.

The Internet STELLAR DATABASE

- stars within 75 light-years.  (Plus some of the more well-known "name brand" stars farther away.)